Segundo os historiadores, os índios Caiguangues que habitavam esta região do Estado foram barbaramente massacrados pelos colonizadores. Este massacre, na área hoje abrangida pela micro região de Penápolis, teria sido extremamente cruel e sanguinário.
Por conta do banho de sangue que marcou o início de nosso município, alguns sensitivos locais sempre diziam que uma densa nuvem escura pairava em nosso horizonte – fato que ainda geraria reflexos negativos na vida da cidade e de seus habitantes, após quase um século.
Com base neste contexto, esta máscara/totem representa um pequeno ritual de pajelança envolvendo símbolos poderosos das culturas indígenas e da civilização judaico-cristã. A idéia deste sincretismo é, ainda que modestamente, harmonizar as energias conflitantes que pairam em nosso ambiente etérico e transformá-las em uma força nova, que possa ajudar e acelerar a nossa caminhada, como penapolenses e como seres humanos do planeta Terra, rumo à Luz.
Esta peça faz parte da mostra “10 x Penápolis”, promovida pelo jornalista Paulo de Carvalho do Diário de Penápolis, cuja abertura ocorrerá no próximo dia 28 de outubro no Cine teatro Lúmine. Dez artistas da cidade, especialmente convidados, estarão expondo seus trabalhos, expressando sua visão sobre a cidade que completa 97 anos.

As portas entalhadas são verdadeiras esculturas funcionais.

Foram introduzidas, no Brasil, na sua versão moderna, a partir da década de 70, com os trabalhos do artista plástico Renato Wagner - "Portas- esculturas"- que se incorporaram à modena arquitetura brasileira em quase todas as partes do país.

Nesta mesma linha, desenvolvo desde 1979, uma série de trabalhos que podem ser vistos em muitas residências de Penápolis.

Uma Arte que perdura através dos Tempos

O entalhe em madeira é usado pelo homem desde épocas remotas da história da humanidade.

Os egípicios já o usavam e também os gregos talhavam seus carros de combate e escudos dos guerreiros. Na idade Média, o entalhe floresceu na Europa graças a ornamentação das igrejas e, ainda hoje, podem ser admiradas as obras dos grandes entalhadores desse período, como Riemenschneider, Kraft, Veits Stoss e Hans Bruggemenn.

Durante o renascimento os escultores trabalharam não somente para as igrejas, mas para os príncipes e para a nascente burguesia. Atualmente grandes artistas plásticos de nossa época, como os escultores Ernest Barlach e Henry Moore têm utilizado muito a madeira como supote de suas manifestações artísticas.

No Brasil, a madeira pela sua abundância e riqueza, sempre foi muito usada tanto na construção civil, como na indústria de móveis e na elaboração de obras de arte e artesanato que marcam a nossa cultura popular.

Atualmente, trabalho principalmente com material reciclado, tais como pedaços de eucalipto que seriam usados para combustão em fornos industriais. O resultado desta ação, pode ser observado na foto acima: "Mandala do Poder" - O toque sutíl do quatzo rosa, pedra que irradia a energia do Amor, concede ao eucalipto a nobreza da forma e o " poder místico".

A Mandala pode ser utilizada na decoração de ambientes, na arquitetura ou como instrumento para o desenvolvimento pessoal e espiritual. Quando fixamos o olho no centro, entramos com mais facilidade em um "estado alterado de consciencia", possibilitando a auto cura interior, e quando expandimos o olhar do centro para fora, manifestamos a expansão da energia assimilada, distribuindo-a para toda Terra.
As mandalas estimulam os chacras, a mente e o espírito, facilitando conexões na consciência a que o intelecto não pode chegar. Despertam o nosso poder interno de cura, amor e paz.

O equilíbrio entre as energias Cósmicas,

está simbolizado no entalhe em cerejeira "Yin Yang"

que compõe a série "A Magia das Mandalas"- dez/2004.